sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Baptizar as crianças? Claro que sim!

   Há quem diga que se devia deixar as crianças crescer para, em adultos, decidirem livremente se queriam ser baptizadas ou não… Os ateus, em concreto, acham que o Baptismo das crianças é uma imposição, um atentado à liberdade da pessoa…
   É claro que tanto os ateus como os “católicos” que o são só pela metade são, todos eles, incapazes de perceber que o Baptismo é uma vocação. Não, vocação não é só coisa de “padres e freiras”. Vocação quer dizer “chamamento”: vem do latim “vocare”, que significa “chamar”. Portanto, não sou eu que escolho Deus, é Deus que me chama! Perante o chamamento, eu posso responder ou não, mas a iniciativa é de Quem chama, e não de quem responde. Foi Deus que nos amou primeiro, antes de nós podermos escolher amá-l’O ou não.
   Disse Jesus: “Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi a vós e vos destinei a ir e a dar fruto, e fruto que permaneça” (Jo 17, 16). Se acredito que Deus é real, posso acreditar que foi Ele que me chamou, servindo-Se dos meus pais, que me levaram à fonte baptismal; mas quem não acredita no chamamento de Deus será que acredita que Ele existe?
   Nem sequer ninguém nos perguntou se queríamos vir ao mundo, e muitas das coisas mais importantes da nossa vida não fomos nós que escolhemos: não escolhemos o nosso nome, nem a nossa terra, nem a família em que nascemos... E ninguém considera isso uma violência à nossa liberdade.
   Quem acha que a fé e a vida divina são coisas mesmo importantes não está a perder tempo com “teorias”: baptiza os seus filhos quanto antes por que isso é que é importante.
   Diz o Catecismo da Igreja Católica no nº 1250: “Nascidas com uma natureza humana decaída e manchada pelo pecado original, as crianças também têm necessidade do novo nascimento no Baptismo para serem libertas do poder das trevas e transferidas para o domínio da liberdade dos filhos de Deus, a que todos os homens são chamados. A pura gratuidade da graça da salvação é particularmente manifesta no Baptismo das crianças. Por isso, a Igreja e os pais privariam, a criança da graça inestimável de se tornar filho de Deus, se não lhe conferissem o Baptismo pouco depois do seu nascimento.”

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Cuidado: a ideologia de género está aí...

"Homem e mulher os criou"
      Deus criou o ser humano sexuado: existimos como homens ou como mulheres. Homens e mulheres são diferentes não só fisicamente, mas também psicologicamente, espiritualmente… mas complementares. Não é um mal que homem e mulher tenham papéis diferentes, mas é uma grande riqueza, porque se completam. É um bem dado pelo próprio Criador, que criou o homem e a mulher diferentes para se completarem, cada qual com as suas riquezas, para o bem um do outro, dos filhos e da sociedade.

Mas, afinal, o que é a ideologia de género?
      É uma teoria que, basicamente, diz que não há “homem” nem “mulher”, isto é, que não há ser masculino nem ser feminino: a ideologia de género diz que cada pessoa pode decidir ser “homem” ou “mulher” independentemente do corpo com que nasceu; diz que os papéis masculinos e femininos são uma invenção da sociedade. É esta doutrina que está na base de todas as aberrações que se cometeram (e estão a tentar cometer) contra a família: os chamados “casamentos” homossexuais, a adopção de crianças por “casais” gays, etc..

Renegar a própria natureza
    A ideologia de género vai contra realidades tão claras e evidentes como a biologia do nosso corpo sexuado (masculino e feminino) e a psicologia que é diferente no homem e na mulher. É uma teoria que rouba a paternidade ao homem e a maternidade à mulher, dizendo que isso são papéis inventados pela sociedade. Esses “iluminados” atrevem-se a contradizer a própria natureza! Mas não é por acaso que muitos papéis são especificamente masculinos e femininos. Embora só as mulheres possam ficar grávidas e amamentar as crianças e embora o choro do recém-nascido estimule a produção do leite materno, a ideologia de género insiste em dizer que a função de cuidar de bebés foi arbitrariamente atribuída às mulheres. Segundo eles, o papel (género) de mãe e esposa que a sociedade impôs à mulher pode ser “desconstruído” quando ela decide, por exemplo, fazer um aborto ou “casar-se” com outra mulher.

As nossas crianças estão em perigo!
      Os teóricos desta doutrina aberrante não descansam enquanto não legalizarem todas as suas aberrações e enquanto a ideologia de género não for infundida às nossas crianças desde a creche…

Livre para se entregar

À beira das ondas, de calças arregaçadas e sapatos na mão, procuras o fresco do mar, deixando a franja das ondas beijar-te os pés. Mas, cuidadoso, procuras não molhar as calças. Não vieste todo para isto. Vieste à costa fazer outras coisas e estás só a aproveitar o intervalo. Queres a praia e o mar, mas não vens livre, não te queres comprometer. Não vens vestido para isto, porque não vens a tempo inteiro. Não vens todo.
Olha para mim! De calções, pés descalços… Eu despojei-me, porque estou para isto. Livrei-me de roupa como aquela que tu não queres molhar. E agora estou livre. Todo inteiro. Como é bom confiar nesse oceano imenso que é Deus!

Entre a vida e a morte

   Sempre que rezamos o terço, rezamos, no final de cada mistério, aquela famosa jaculatória: “Ó meu bom Jesus, perdoai-
-nos e livrai-nos do fogo do inferno/ e levai as almas todas para o céu, principalmente as que mais precisarem”. Foi ensinada por Nossa Senhora, em Fátima (13-07-1917), aos pastorinhos, com a recomendação de que a rezassem sempre no final de cada mistério do terço.
Mas pode surgir a pergunta: afinal, que “almas” são estas? Serão as almas dos que morreram, as almas do purgatório? Se não sabia, então surpreenda-se: esta oração não é pelos defuntos! Pelo contrário, é pelos que estão bem vivos! Sim, somos nós as almas que precisam de ser livres do inferno, nós pecadores que andamos aqui de pé, sobre esta terra. Por isso, se pede a Jesus para levar para o céu os “que mais precisarem”, isto é, os pecadores mais fechados ao arrependimento e à conversão, em maior perigo de condenação. Esses sim, estão entre a Vida e a morte; nesta vida terrena é que decidimos o nosso futuro de Vida eterna ou morte eterna.
Durante muitos anos, divulgou-se uma versão errada desta oração, em que se dizia “aliviai as almas do purgatório, principalmente as mais abandonadas”. Ora, talvez não valesse a pena N.ª Senhora aparecer em Fátima por causa disso… Embora seja uma obra de misericórdia contribuir para diminuir a pena das almas do purgatório, elas já estão salvas, é só uma questão de repararem o mal que fizeram em vida para, de seguida, entrarem no céu; quem está no purgatório não desce ao inferno, parte de lá para o céu, isto é, já está salvo. Mas para quem ainda vive nesta terra está tudo em aberto… Portanto, é muito mais urgente e importante rezar por aqueles que ainda podem vir a condenar-se!
Seria muito pouco que a Virgem Santíssima se dignasse descer a esta terra só para nos mandar rezar por pessoas que já estão salvas. Fátima não é uma pastoral de mortos, mas de vivos, e, reconhecendo que o pecado é a pior morte, que nos conduz à morte eterna, Fátima é uma mensagem de conversão, de luta contra os vícios e de oração e sacrifício solidários pela conversão dos pecadores.