Há quem diga que se devia deixar as crianças crescer para, em adultos, decidirem livremente se queriam ser baptizadas ou não… Os ateus, em concreto, acham que o Baptismo das crianças é uma imposição, um atentado à liberdade da pessoa…
É claro que tanto os ateus como os “católicos” que o são só pela metade são, todos eles, incapazes de perceber que o Baptismo é uma vocação. Não, vocação não é só coisa de “padres e freiras”. Vocação quer dizer “chamamento”: vem do latim “vocare”, que significa “chamar”. Portanto, não sou eu que escolho Deus, é Deus que me chama! Perante o chamamento, eu posso responder ou não, mas a iniciativa é de Quem chama, e não de quem responde. Foi Deus que nos amou primeiro, antes de nós podermos escolher amá-l’O ou não.
Disse Jesus: “Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi a vós e vos destinei a ir e a dar fruto, e fruto que permaneça” (Jo 17, 16). Se acredito que Deus é real, posso acreditar que foi Ele que me chamou, servindo-Se dos meus pais, que me levaram à fonte baptismal; mas quem não acredita no chamamento de Deus será que acredita que Ele existe?
Nem sequer ninguém nos perguntou se queríamos vir ao mundo, e muitas das coisas mais importantes da nossa vida não fomos nós que escolhemos: não escolhemos o nosso nome, nem a nossa terra, nem a família em que nascemos... E ninguém considera isso uma violência à nossa liberdade.
Quem acha que a fé e a vida divina são coisas mesmo importantes não está a perder tempo com “teorias”: baptiza os seus filhos quanto antes por que isso é que é importante.
Diz o Catecismo da Igreja Católica no nº 1250: “Nascidas com uma natureza humana decaída e manchada pelo pecado original, as crianças também têm necessidade do novo nascimento no Baptismo para serem libertas do poder das trevas e transferidas para o domínio da liberdade dos filhos de Deus, a que todos os homens são chamados. A pura gratuidade da graça da salvação é particularmente manifesta no Baptismo das crianças. Por isso, a Igreja e os pais privariam, a criança da graça inestimável de se tornar filho de Deus, se não lhe conferissem o Baptismo pouco depois do seu nascimento.”
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