— Então, compadre, vossemecê sempre lá foi a Fátima com os seus?
— É verdade, compadre. “Nã” sei o que é que a gente sente naquele lugar que parece que temos cá uma paz…
— Então, e vossemecê confessou-se?
— Como assim?... Que quer vossemecê “dizeri”?...
— Perguntei se vossemecê se foi “confessari”. Como dis-se que teve lá tanta paz…
— Ah, compadre, por acaso… nem tal me passou pela cabeça…
— Ah, mas “ê” cá acho que devia ter “aprovetado”. Vocemecê já “nã” se confessa há tantos anos… Olhe, sabe o que dizia o Padre Cruz? Ele dizia que «gostava muito de ir àquele Santuário bendito para ter a consolação de rezar com os fiéis e administrar o Santo Sacramento da Penitência, principalmente às pessoas que nunca o tivessem recebido ou andassem desde há muitos anos sem o receberem».
— Então e há lá padres para a gente se “confessari”?
— Então “nã” “hái”? É lá ao pé daquela igreja nova, naquelas “cachafundas” que agora fizeram de novo, onde há um monte de capelas na parte de baixo…
— “Ê” cá “nã” conhecia isso… O que nós fomos ver foi a basílica, que está bem linda! Fartámo-nos de tirar lá retratos… “Ê” até tirei uma “selfe” mais o “mê” neto…
— Uma “quêi”? O que é que vossemecê tirou?...
— Uma “selfe”, ou uma “selfie”, ou lá o que é que a malta nova chama a isso…
— Por acaso, nunca tirei nenhuma, mas o que imagino é que devem ter feito um “granda basqueiro” lá dentro da igreja, não?...
— Bem, compadre, isso é “verdadi”… Mas também estava lá toda gente fazendo o mesmo: tirando retratos e “selfes” no meio da maior algazarra…
— Já viu, compadre, o que é que diria a santinha ali sepultada, a Jacinta Marto!...
— O que é diria? “Hom’essa”? “Nã” diria nada! O que é que havia de “dizeri”?
— Mas olhe que disse mesmo! Ainda há pouco li que essa Santa Menina uma vez, em Lisboa, disse que «na igreja deve-se estar sossegado e não falar», e que «Nossa Senhora não quer que a gente fale na igreja».
— Sabe, compadre? Acho que amanhã vou a Fátima…
— Mas, “antão”, vossemecê ainda agora de lá vem!
— É “verdadi”, mas agora, “ó despois” do que vossemecê me disse, acho que preciso de lá “voltari”, mas agora vou de “manêra” diferente, com mais cabeça e mais coração: vou confessar-me e co-mungar, vou rezar e adorar...
— É verdade, compadre. “Nã” sei o que é que a gente sente naquele lugar que parece que temos cá uma paz…
— Então, e vossemecê confessou-se?
— Como assim?... Que quer vossemecê “dizeri”?...
— Perguntei se vossemecê se foi “confessari”. Como dis-se que teve lá tanta paz…
— Ah, compadre, por acaso… nem tal me passou pela cabeça…
— Ah, mas “ê” cá acho que devia ter “aprovetado”. Vocemecê já “nã” se confessa há tantos anos… Olhe, sabe o que dizia o Padre Cruz? Ele dizia que «gostava muito de ir àquele Santuário bendito para ter a consolação de rezar com os fiéis e administrar o Santo Sacramento da Penitência, principalmente às pessoas que nunca o tivessem recebido ou andassem desde há muitos anos sem o receberem».
— Então e há lá padres para a gente se “confessari”?
— Então “nã” “hái”? É lá ao pé daquela igreja nova, naquelas “cachafundas” que agora fizeram de novo, onde há um monte de capelas na parte de baixo…
— “Ê” cá “nã” conhecia isso… O que nós fomos ver foi a basílica, que está bem linda! Fartámo-nos de tirar lá retratos… “Ê” até tirei uma “selfe” mais o “mê” neto…
— Uma “quêi”? O que é que vossemecê tirou?...
— Uma “selfe”, ou uma “selfie”, ou lá o que é que a malta nova chama a isso…
— Por acaso, nunca tirei nenhuma, mas o que imagino é que devem ter feito um “granda basqueiro” lá dentro da igreja, não?...
— Bem, compadre, isso é “verdadi”… Mas também estava lá toda gente fazendo o mesmo: tirando retratos e “selfes” no meio da maior algazarra…
— Já viu, compadre, o que é que diria a santinha ali sepultada, a Jacinta Marto!...
— O que é diria? “Hom’essa”? “Nã” diria nada! O que é que havia de “dizeri”?
— Mas olhe que disse mesmo! Ainda há pouco li que essa Santa Menina uma vez, em Lisboa, disse que «na igreja deve-se estar sossegado e não falar», e que «Nossa Senhora não quer que a gente fale na igreja».
— Sabe, compadre? Acho que amanhã vou a Fátima…
— Mas, “antão”, vossemecê ainda agora de lá vem!
— É “verdadi”, mas agora, “ó despois” do que vossemecê me disse, acho que preciso de lá “voltari”, mas agora vou de “manêra” diferente, com mais cabeça e mais coração: vou confessar-me e co-mungar, vou rezar e adorar...
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