domingo, 26 de agosto de 2018

Novas orientações para uma nova realidade


O Sr. Padre João ainda estará connosco em Setembro. Depois da sua partida, com o começo de um novo ano pastoral, na nossa Unidade Pastoral de Pampilhosa da Serra, começa também uma nova forma de trabalhar adaptada ao facto de agora contarmos com a presença de apenas um sacerdote, da forma que se segue:

Eucaristias dominicais
Segundo o Código de Direito Canónico, «Se houver falta de sacerdotes, o Ordinário do lugar pode permitir que, por justa causa, os sacerdotes celebrem duas vezes ao dia, ou mesmo, se as necessidades pastorais o exigirem, três vezes nos domingos e festas de preceito» (cânone n.º 905, parágrafo 2). Por isso, celebrarei três missas ao Domingo e duas missas vespertinas ao sábado à tarde, o que totaliza cinco Eucaristias dominicais. Isto permite que, num fim-de-semana “normal”, haja Eucaristia dominical em cerca de metade das paróquias. Onde não houver missa, procurarei que haja celebração da Palavra. Porém, se alguém tiver transporte e puder deslocar-se tem a obrigação de ir a uma das paróquias vizinhas em que haja missa. Cada vez mais tem que ser esse o espírito: se nos deslocamos para outras coisas, por que não para a missa?
A celebração eucarística dominical de referência será na igreja paroquial da Pampilhosa da Serra, sede da unidade pastoral: aí haverá Eucaristia todos os domingos, sempre às 11h00 (a não ser em dias de excepção muito raros, em que possa ser a outra hora, como no dia do Crisma, por exemplo). Isto não é um privilégio: é uma questão de ser o centro e a referência da unidade pastoral, de tal forma que quem precisar sabe que ali há sempre Eucaristia ao domingo e sempre à mesma hora; ou seja, a missa dominical da Pampilhosa é destinada a todos os fiéis, mesmo das outras paróquias da unidade pastoral. Aliás, a carta pastoral no nosso Bispo diz que, agora, a base de trabalho já não é mais a paróquia, mas sim a unidade pastoral.

Missas feriais
Durante os dias de semana continuarei a percorrer as capelas e lares de idosos, celebrando missa, como até aqui, embora agora com muito menos regularidade, por razões evidentes.

Funerais
Aos sábados, domingos e dias santos não celebrarei Eucaristia nos funerais, por serem dias em que já celebro o número máximo de missas permitido pela lei da Igreja: celebrarei as exéquias sem missa. Nos dias de semana posso celebrar missa num funeral desde que ainda não tenha ultrapassado o limite de duas missas nesse dia.
Começaremos a ter alguns funerais feitos por leigos. Será assim sempre que eu esteja ausente, seja em retiro espiritual, férias, reuniões diocesanas, ou por motivos de saúde.

Intenções de Missa
Volto a lembrar: não há “missas de 7º dia” nem missas “por encomenda” na nossa unidade pastoral: há muitos anos que não o fazemos, pois não seria possível atender a todos os pedidos; agora muito menos. Normalmente, será possível colocar intenções nas várias missas que celebrarei, excepto na Eucaristia dominical da Pampilhosa, já que todo o pároco tem a obrigação de celebrar ao domingo pelo menos uma missa por todo o povo que lhe está confiado. Também não haverá intenções nos dias especialmente festivos.

Festas
Quando, em Fevereiro, disse aqui que, em breve, ia ser impossível fazer as muitas festas da nossa unidade pastoral, principalmente no Verão, algumas pessoas ficaram um pouco escandalizadas… Na verdade, estava apenas a preparar os fiéis para este momento que já chegou: um só padre não chega para as missas dominicais, muito menos para as festas. Mesmo os poucos ministros leigos que temos mal chegam para assegurar as celebrações dominicais. A solução será encontrada caso a caso para cada festa, mas o convite que deixo desde já é este: comecem desde já a pensar em padres vossos conhecidos a quem possam convidar para essas ocasiões. Eles gostarão de conhecer esta zona! Da minha parte, autorizo que qualquer padre possa vir fazer festas, só preciso de saber com antecedência quem é o padre, para haver uma garantia de autenticidade e um pouco de diálogo e comunhão também.
Padre Orlando

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

É preciso ir às fontes!

Ano pastoral 2018-2019


A partir de Setembro, como sempre, iniciaremos, em toda a Diocese, um novo ano pastoral (2018-2019). Ao nível da Diocese de Coimbra, continuamos a seguir o triénio do Plano Pastoral, que tem como lema “Aproximai-vos do Senhor”. Por outro lado, por decisão dos bispos portugueses, este vai ser, em Portugal, o “Ano Missionário”. Quer isto dizer que o ano pastoral de 2018-2019, que estamos prestes a começar, vai ter que ser um ano para sairmos: se o Plano Diocesano nos manda “Aproximai-vos do Senhor”, então é preciso sairmos para ir ao encontro do Senhor. E se vai ser o “Ano Missionário”, mais uma razão para sairmos daqui, para irmos ao encontro de outros.
Também nós, na nossa Unidade Pastoral de Pampilhosa da Serra, vamos, este ano, sair um pouco da Pampilhosa para irmos ao encontro de uma realidade mais abrangente. A par do lema diocesano “Aproximai-vos do Senhor”, nós, na nossa unidade pastoral, vamos também ter presente o lema “É PRECISO IR ÀS FONTES”, ou, então, simplesmente “IR ÀS FONTES”. A inspiração vem de uma passagem do profeta Isaías: «Tirareis água com alegria das fontes da salvação» (Is 12, 3).
A ideia é partirmos daqui para irmos a Coimbra, e a outros lugares onde haja actividades diocesanas e arciprestais: vamos participar em celebrações com o Sr. Bispo na Sé; vamos aproveitar as acções de formação que a Diocese fornece; vamos visitar lugares marcantes da Diocese (Seminário, etc.); vamos participar em actividades do Arciprestado; vamos conhecer outras pessoas de outras paróquias; vamos escutar testemunhos diferentes, de outros cristãos. Vamos ao encontro, não numa atitude turística, mas numa atitude missionária. O objectivo é conhecer e experimentar outras formas de ser Igreja, conhecer o testemunho de outros cristãos. Isso enriquece-nos, por isso não podemos ficar a vida inteira fechados em nós mesmos, como se não houvesse mais vida para além da nossa terra. Para não perdermos o entusiasmo precisamos de nos encontrar com outros que partilham a mesma fé que nós; para alargarmos os horizontes precisamos de ir às nossas origens, encontrarmo-nos com o nosso Bispo, reencontrarmo-nos com a nossa Diocese; enfim, “é preciso ir à fontes”. Se ficamos na nossa terra sossegados nunca vamos conhecer uma realidade diferente, nunca vamos sentir o calor do encontro com outros, nunca vamos reencontrar-nos com a nossa identidade: somos Diocese de Coimbra, somos Igreja. Para tomarmos consciência disso é preciso sairmos, é preciso encontrarmo-nos com o nosso pastor e com outras ovelhas do rebanho, partilhar a fé. Para isso, é preciso sair, é preciso “ir às fontes”!

domingo, 5 de agosto de 2018

Obrigado, Sr. Padre João!

O Sr. Padre João Prior está connosco há 12 anos. Depois de toda uma vida em Mouronho, ele aceitou a “aventura” da mudança para a Pampilhosa da Serra, e aceitou com o espírito de entrega, generosidade, obediência e amor à Igreja que sempre o caracterizaram.
No entanto, a idade avançada e o cansaço já pediam um tempo de maior repouso e segurança para o Sr. Padre João (aliás, repouso e segurança não só necessários mas bem merecidos), embora sem deixar de continuar a ser útil e a colaborar na Igreja, mas agora de uma forma muito mais tranquila e num lugar menos acidentado, com menos distâncias e menos esforço. Todos sabemos como o território das nossas paróquias é marcado por enormes distâncias, dificuldades e até perigos, um território belo, mas onde as tarefas se revestem de alguma exigência.
No passado dia 31 de Julho, o Sr. Bispo tornou públicas as nomeações do clero para o próximo ano pastoral de 2108/2019, que têm implicações significativas para o nosso Arciprestado Nordeste e, principalmente, para a nossa Unidade Pastoral de Pampilhosa da Serra.
Assim, o Sr. Padre João Prior regressa a Aveiro, sua diocese natal, para ter, finalmente, o tempo de merecido e necessário repouso.
Uma vez que ficarei apenas eu convosco nestas 9 paróquias, isto significa que vai haver profundas mudanças no serviço, que vai ser substancialmente reduzido (para cerca de metade, é claro) e organizado de outra maneira. Em breve darei indicações práticas sobre a nova forma de nos organizarmos.
Houve muitas pessoas que sempre mostraram carinho pelo Sr. Padre João, mas é triste que nem todas as pessoas tenham sabido dar o verdadeiro valor à sua presença. Talvez agora…
Entretanto, o Sr. Padre João vai estar connosco ainda até ao final deste mês, ou início do próximo, pelo menos aos fins-de-semana.
Ao fim de 12 anos vividos na entrega generosa a estas terras, a nossa palavra só pode ser de profunda gratidão para com o Sr. Padre João, que, apesar de todas as dificuldades, permaneceu connosco, dando de si, todos estes anos.
Padre Orlando